6 Passos para atuar em Harmonização Orofacial
Em 2019 o Conselho Federal de Odontologia reconheceu a harmonização orofacial como uma especialidade também da odontologia, o assunto se tornou muito polêmico entre os médicos e os cirurgiões-dentistas. A partir das Resoluções 176/2016 e 198/2019 ficou esclarecido que o cirurgião-dentista tem conhecimento necessário da face para realizar a harmonização orofacial, assim como os médicos.
Antigamente a aplicação de substâncias como ácido hialurônico e toxina botulínica, só podiam ser feitas por médicos dermatologistas e cirurgiões plásticos, porém essa realidade mudou há alguns anos, embora em alguns casos específicos o cirurgião-dentista já utilizava tais substâncias para tratamentos, como o bruxismo por exemplo.
É preciso lembrar que harmonizar uma face, não significa fazer uma aplicação de toxina botulínica, ou algum preenchedor. Harmonizar a face é muito mais que isso, é um conjunto de fatores, incluindo também a harmonização do sorriso, com preços mais atrativos que uma cirurgia plástica e com procedimentos que trazem um resultado mais rápido, a HOF vem ganhando um espaço cada vez maior dentro dos consultórios odontológicos.
Não só pessoas com mais idade procuram os procedimentos, há homens e mulheres jovens que também buscam a HOF com o intuito de corrigir pequenas imperfeições e até mesmo fazer um tratamento preventivo.
A harmonização facial é uma realidade e talvez não seja tão passageira, conforme a Organização Mundial da Saúde – OMS a definição de saúde nos dias de hoje não é simplesmente a ausência de enfermidades, saúde é um completo bem estar, físico, psicológico e social, ou seja, saúde é também se sentir bem com sua aparência.
Mas, você cirurgião-dentista que deseja atuar ou já está atuando na área de Harmonização Orofacial PRECISA dominar essas 6 áreas:
1️⃣ ANESTESIAS – Como são procedimentos que envolvem a face e pele, também incluem técnicas anestésicas tronculares e extra oral específica.
2️⃣ INCISÕES E SUTURAS – São as manobras fundamentais da HOF. Para cada microcirurgia há incisões e suturas com características próprias.
3️⃣ ZONAS DE RISCOS – Ao realizar técnicas cirúrgicas na face (extra bucal), é de grande significado identificar as suas zonas de risco: artérias, veias, nervos e etc.
4️⃣ TÉCNICAS CIRÚRGICAS / PROTOCOLOS – Diversas microcirurgias faciais estão sendo definidas para o cirurgião-dentista realizar. Além de aprender o protocolo, seu treinamento pré-clínico em pele sintética é uma condição necessária.
5️⃣ LIMITES ÉTICOS LEGAIS – A realização de qualquer procedimento na HOF exige estabelecer um prontuário, no qual tem que constar a indicação odontológica / justificativa estético funcional.
6️⃣ ANÁLISE FACIAL / PLANEJAMENTO – Acima de tudo, aprender análise facial, proporção áurea, exames. Fazer o planejamento da HOF na sua integralidade – toxina, preenchimento, fios, intradermo – até chegar na HOF Cirúrgica.
Para você atuar com tranquilidade, deve estar inscrito no CFO, ter conhecimento e cursos na área. Por fim, não deve esquecer da documentação necessária (contrato, termo de esclarecimento, entre outros).
Antigamente a odontologia era focada apenas na boca do paciente, porém essa realidade mudou, e você profissional deverá pensar além disso, pois seu paciente pode buscar por procedimentos que reabilite as funções da face e levante sua autoestima , dessa forma muitas expectativas são criadas, por isso não se esqueça de criar limites na relação cirurgião-dentista x paciente, uma vez que cabe ao profissional ouvir, conversar, explicar e mostrar o caminho correto para um procedimento seguro e ético.
Frustrações e insatisfações com os procedimentos realizados podem gerar reparações em processos judiciais e isso lhe dará outra dor de cabeça, mas isso já é um papo para outro artigo.
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